ROCK O Estilo Musical mais Polêmico do Planeta

GURU DO MAL 

Aleister Crowley morreu em 1947,quando o rock'n'roll sequer existia. Mas ele tem muito a ver com a acusação entre o rock e o "coisa ruim".É dele a frase ''Faze o que queres pois é tudo da lei'',usada por Raul Seixas em Sociedade Alternativa.Acontece que o cara foi considerado ''o pior homem do mundo'' em sua época.Mesmo assim,roqueiros como Jimmy Page,o próprio Raul,John Lennon,Ozzy Osbourne e outros o adotaram como mentor espiritual,com base em livros nos quais Crowley prega uma ideologia anticristã. Uma péssima escolha. 

Aleister Crowley

Raul Seixas

Ozzy Osbourne

 Não é difícil associar o rock as forças do mal.Afinal,antes mesmo de existir,o estilo musical mais popular do planeta já se relacionava com o ''coisa ruim''.Na década de 30,o senhor Robert Johnson, um dos percusores do estilo, vendeu sua alma ao demônio para obter talento e sucesso.

O grupo que muitos consideram a maior banda de rock do mundo, os Rolling Stones,além das performances recheadas de conotações sexuais deliberado incentivo ao uso de drogas ,gravaram um hino ao satanismo,chamado Simpathy For The Devil. Outra banda que tem seu nome perpetuado na história do rock, o Led Zeppelin, também flertava abertamente com o satanismo nos anos 70. O guitarrista Jimmy Page, que muitos consideram o melhor de todos os tempos, foi dono da maior rede de livrarias sobre ocultismo da Europa.Além disso,ele comprou a mansão que pertenceu a um tal de Aleister Crowley,tido como grande pregador da filosofia satânica no século 20.

Rolling Stones

Led Zeppelin

Black Sabbath, que já carrega no nome uma referência a rituais de feitiçaria,nunca escondeu sua veneração ao demônio.Essa banda abriu caminho para milhares de outros pregarem o mal em forma de música. E conquistaram seguidores como o Venom,que usa toda espécie de simbologia relacionada a prática do mal.

Graças a essas influências,hoje existem milhares de grupos que pregam sem constrangimento nenhum a palavra do "coisa ruim". A lista é interminável e tem aberrações como o dinamarquês King Diamond,que espalha ossos humanos verdadeiros no palco,ou o blasfemo Marilyn Manson,que se autoproclama o anti-cristo.

Outra prova contra o rock, é que muitas letras do gênero musical incitam a violência e ao suicidio.Foram registrados diversos casos de jovens que se mataram ao som de músicas de Ozzy Osbourne,AC/DC e Judas Priest, entre outros.

Bob Geldof 

CAUSAS NOBRES 

Se há roqueiros malvados, não se pode esquecer que outros se esforçam para fazer a humanidade menos injusta. Aliás,muitos. Não é de hoje que se organizam concertos beneficientes que arrecadam fundos para causa nobres ou alertam para problemas sociais graves. O pioneiro dessas ações foi o Concert For Bangladesh, organizado pelo ex-Beatle George Harrison, em 1971, em conjunto com a Unicef. Em duas noites de shows em Nova Iorque EUA foram arrecadados cerca de 250 mil dólares. Até hoje, os direitos do álbum resultantes dos concertos vão para a Unicef, o que aumentou consideravelmente essa quantia.Mas isso é fichinha do Live Aid,evento organzado pelo o ex-punk Bob Geldof,em 1985,que estima-se ter arrecadado 50 milhões de libras para aplacar a fome na Etiópia.Foram quatro concertos simultâneos em Londres,Nova Iorque,Tóquio e Sydney,transmitidos ao vivo para boa parte do planeta.Também entrou para a história o compacto We Are The World,que junto com outro evento chamado Hands Across America arrecadou cerca de 100 milhões de dólares para as vítimas da fome e doenças na África.Nem todos os participantes eram exatamente "roqueiros" -os organizadores foram Michael Jackson,Harry Bellafonte,Lionel Richie Kenny Rogers- mas a inspiração foi o Live Aid,que reunia diversos ídolos do rock.Centenas de outros eventos pelo o mundo já ajudaram milhões de pessoas e figuras como Bono Vox,Sting Bob Geldof são exemplos para qualquer ser humano,roqueiro ou não. Paz, irmãos ... 

Live Aid 1985 

 

"Como uma estrela do rock tenho dois instintos: quero me divertir e quero mudar o mundo. E eu tenho a oportunidade de fazer ambos." (Bono Vox,vocalista do U2) 

We Are the World USA for AFRICA

"As pessoas tendem a associar qualquer um que se vista e se comporte de um jeito diferente com atividades ilegais ou imorais." 

(Marilyn Manson) 

Sim, há grandes astros do rock envolvidos com ocultismo e satanismo. Mas tais práticas não são exclusivas de artistas e seguidores do gênero. Até mesmo (e,talvez,principalmente) nas esferas mais altas do poder,figurões como o ex-presidente dos EUA W. Bush, teriam pactos com o demônio para conquistarem suas glórias. Porém, milhões de pessoas no mundo inteiro praticam rituais satânicos e nunca ouviram rock. Por outro lado, há milhões de roqueiros que não dão a mínima para a prática do ocultismo. Apenas se divertem com som. Outro fato a destacar é que sempre que algum movimento surge em contestação à ordem estabelicida é logo associado ao "coisa ruim". Só para lembrar, no início do século 20, o samba era considerado como um ritmo diabólico. No Caribe, gêneros musicais criados por negros, como a salsa, também foram relacionadas ao diabo. Quanto aos suícidios, em todos os casos as vítimas possuíam problemas psíquicos graves ou tinham problemas de relacionamento social. A causa dos distúrbios com certeza não foi a música que ouviam, mas sim a própria sociedade. 

Em fim, as evidências de que o rock foi criado pelo o "coisa ruim" são inconsistentes, pois o universo desse ritmo não se resume a uns poucos ídolos. Além disso, a maioria dos grupos que se declaram abertamente adoradores do demônio são de uma corrente específica: o heavy metal. Existem dezenas de outras tendências do rock que nem de longe tocam no assuntoem questão. 

Há ainda aqueles que usam um visual do mal como pura pose ou marketing. Na realidade, por trás daquela imagem são bons sujeitos. Se pensarmos bem, o cibema e o teatro também poderiam sofrer a mesma acusação. Puro "jogo de cena". 

A verdade é que a natureza contestadora do rock assusta os conservadores, os que aconteceria com qualquer outra música 

que ousasse desafiar a ordem estabelecida. Por tudo isso, rock não é coisa do capeta, e viva o rock and roll.