Dentro de mim, um estranho fez moradia
Desde que ele chegou já não me sinto tão sadia
Ele é inquieto e não gosta de ser incomodado
É muito ranzinza e amargurado
Esquisito, às vezes arisco, às vezes silencioso
Às vezes muito calmo em outras muito nervoso
Em dias assim me pinta o rosto com uma asa
Não gosta de conversa, e nunca sai de casa
O que fazer para não irritar esse morador
Que do meu corpo se apossou?
Tomar remédios direitinho
E se cuidar com muito carinho
O sol é sua fonte de energia
Ele se sente vivo, e pronto para destruir sua moradia
Não permita que esse inquilino, se torne proprietário
Fique na sombra então, não acorde esse lobão.
Por Aninha Simão
FONTE: A MENINA E O LÚPUS
0 comentários:
Postar um comentário